Ele era meio vento. Sem contornos ou formas.
E ela, aprendera que ele chega sorrateiro,
faz-se gravar na pele, e então passa.
Até a próxima ventania.
E o que sabemos nós, da vida,
senão daquilo que se faz gravar na pele?
Pele. Vento.
E onde vai esse vento que sopra sem ninguém notar?
Esse vento que sentimos apenas nós.
Que faz embaraçar os cabelos, nós.
Brincaram de desenhar palavras na pele,
escritas à digitais.
Seus corpos (con)versavam, entendiam-se.
Ventania. Respiração. Falta dela. Paz.
E quanto tempo o vento leva até o próximo vendaval?
Ele segue escorrendo, o tempo,
a derramar-se paciente em seus corpos urgentes.
Lavando os vestígios. Levando os versos. Apagando as digitais.
Até a próxima ventania.
"E o que sabemos nós, da vida,
ResponderExcluirsenão daquilo que se faz gravar na pele?"
isso é lindo por demais, demais!
agradicido imensamente pelo comentário no um-sentir.
gostei muito muito daqui.
já sigo.
já já volto ^^
beijo!
Mary,
ResponderExcluirótima metáfora da vida
(e do amor, ai...)
Gosto demais daqui!
Bjo,
Talita.
Coisa linda né... E boa! Esse vento soprou aqui no meu quarto hein! Mas, me pareceu um vento litorâneo, um vento de verão e não essa droga de vento frio aqui de Porto Alegre! Barbaridade!
ResponderExcluirUm abraço!
"apagando as digitais..."
ResponderExcluirImagem linda
acabo de postar, causalmente, também sobre o vento...
abs
E os dias, o que são, além de eternas ventanias?
ResponderExcluirCoisa bonita!
Beijo, flor