mas, a gente sabe tão pouco dessa vida.
E corre de pés descalços feito criança livre.
mas, a gente teme tanto o viver
e entorpecemos nossos corpos em copos tão cheios que só testemunham nosso vazio.
E a gente teme tanto a morte
que acaba por não sentir a vida
A gente sonha tanto, tanto
E mantém-se desperto para realizar.
Esquecemos que o abrir dos olhos cessa sonhos.
A gente lembra tanto, tanto nessa vida.
E corre atrás do futuro mesmo estando no presente e não se desvencilhando do passado.
A gente é tudo a um tempo só.
E é só quase o tempo todo.
A gente sofre é de reminiscências.
A gente sofre a troco de nada.
E vive a troco de não sofrer.
a gente sabe tão pouco dessa vida, tão pouco.
.
Adorei particularmente os dois versos iniciais (e a repetição no verso final).
ResponderExcluirTem horas em que o não-saber é a nossa mais preciosa liberdade.
Abraços!