terça-feira, 15 de novembro de 2011

dos fantasmas.



Mas, até que os fantasmas se calem, Maria, ainda haverá medo do escuro.
E haverá esse medo do abraço novo e essa palpitação de não-sei-de-onde e esse (des)espero de estar perdida. 
São estes meus fantasmas que têm me abraçado, Maria. E me apavoram tanto, tanto. 
E apavora-me também o silêncio que fazem diante dos meus gritos. É, Maria, talvez meus fantasmas não falem mesmo. Mas, por que, Maria, que sou eu quem tem que falar?
Se estes meus fantasmas falassem, Maria, eu diria a eles que...
Na verdade, se eu falasse com meus fantasmas, Maria, eu diria que fossem embora. Talvez seja mesmo eu quem cale. Talvez, porque eu deseje mantê-los perto de mim. Mas, por que, Maria?

Um comentário:

  1. Ôoo, Mary,
    que saudadONA que eu estava aqui.
    Coisa linda, esse texto (como sempre!)!
    Como você está?
    Um beijo muito-muito grande,
    Tá.

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