Brindemos com palavras que não testemunham senão, nossa incompletude. Denunciemos nossa falta soprando versos ao mundo.
Acaso desejas o que já tens? Acaso borda poemas do que não te afeta?
Faltosos que somos, tecemos linhas que tentem remendar os furos dos sentidos.
Poesia é desejo, entrelinha é objeto. Foge, escapa.
Silêncio faz caber todos os (im)possíveis, presentificados pela falta da voz que fala.
E a invenção de um mundo inteiro cabe num piscar de cílios.
É a falta que presentifica a coisa
e a traz para tão-dentro de si.
Consegues suportar a tão forte presença do que te falta?
Talvez seja a falta um constante quase-transbordar-se de si mesmo.
Acaso desejas o que já tens? Acaso borda poemas do que não te afeta?
Faltosos que somos, tecemos linhas que tentem remendar os furos dos sentidos.
Poesia é desejo, entrelinha é objeto. Foge, escapa.
Silêncio faz caber todos os (im)possíveis, presentificados pela falta da voz que fala.
E a invenção de um mundo inteiro cabe num piscar de cílios.
É a falta que presentifica a coisa
e a traz para tão-dentro de si.
Consegues suportar a tão forte presença do que te falta?
Talvez seja a falta um constante quase-transbordar-se de si mesmo.
Façamos então o brinde. E, para que seja completo, o façamos em silêncio e de taças vazias?
- Não, que venha a falta encher as taças e tocar a música. Um brinde à incompletude.
adorei!
ResponderExcluiraprendo muito com esse refletir-junto que você nos proporciona!
e brindo contigo,
partilhando esses dois textos:
(não sei se você já leu...)
Dos quereres: http://historiadaminhaalma.blogspot.com/2010/01/dos-quereres.html
e
Da poesia redentora: http://mariaclara-simplesmentepoesia.blogspot.com/2010/02/da-poesia-redentora.html
um beijo, imenso!
Talita
História da minha alma
É isso mesmo. Bem no olho do furacão.
ResponderExcluirA mesma falta que destroça remonta, constrói, edifica. Mesmo que seja em poesia. E a poesia fica.
Lindo, Mary, lindo demais!
Beijo, beijo!
Beber palavras
ResponderExcluirsorver sentidos
fotografar pensamentos
estranhamente belo
decididamente incomum.
Um brinde!
ResponderExcluirA incompletude é o grande motor da ação humana. Mesmo quando parece tão completa quanto em tuas palavras.
Abraços!