terça-feira, 22 de novembro de 2011

Outono fora de época [ou Perecível n.2]


e quando sobra apenas esse espaço vazio, Janaína?
Esse amontoado de restos, rostos, sorrisos rasgando a lembrança da gente...
Parece que o corpo guarda memória debaixo da pele, Janaína. Por que a gente ainda sente abraços que já não existem mais?
Quando é felicidade, Janaína, parece que não cabe, que transborda do corpo e da mente e da razão e de tudo. Mas quando é de se ficar triste, cabe tanto, tanto espaço...

sobra tanta falta nesse interior da gente, Janaína.

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