segunda-feira, 19 de julho de 2010

(sem) licença.

A madrugada já se fazia dona com seu autêntico vazio de vozes, quando eles resolveram se entregar ao sono.
Ajeitaram os travesseiros, os corpos e os cobertores. Pronunciaram palavra ou outra.
Quando acordara, deparou-se ela com os olhos dele a passearem por seu rosto, sem pedir licença.
Também sem pedir licença, ela rompe o silêncio, perguntando: “Deve ser isto a felicidade, certo?”
Ele esboça o mesmo sorriso dos últimos seis anos. Aquele mesmo sorriso que contém em si mesmo beijo e abraço.
Por seus pensamentos passeava a idéia de que, acordar ao lado dele, era para ela um desses presentes que a vida dá, também sem pedir licença.
E é preciso pedir licença para sentir o que chamam de felicidade?

5 comentários:

  1. não peça licença para nada, nem para pegar o que quiser do meu blog, leve e use como bem entender, sem licenças, dou licença total para sua licença poética...
    um beijo

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  2. ...
    Poxa, Mary.
    Que coisa-mais-linda,
    o texto e o sentimento tratado!
    Fiquei encantada!
    Eu quero um desses sorrisos "que contém em si mesmo beijo e abraço."
    (mas tá difícil... =/)

    Bjo, querida.

    Talita.

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  3. Belo post, belo texto...

    PArabéns...

    Gostei muito de seu estilo!!!

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  4. Que lindeza, Mary!

    Sim, deve ser isto a felicidade...

    Beijo,
    Doce de Lira

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  5. "Aquele mesmo sorriso que contém em si mesmo beijo e abraço."

    Existe coisa melhor no mundo?

    Uma lindeeeeeza, Mary!

    Beijoca

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