E quando ele pedia calma,
ela lhe mostrava alma.
Diziam por aí ser uma urgência de viver.
Sobravam-lhe palavras
a passear
pelo corpo.
Já não mais conheciam
caminho de fazer verso.
Sobrava-lhe excesso.
Excesso de falta.
Palavras simbolizam faltares
que dilaceram
só corpo e alma.
Alma só e corpo só.
Teu silêncio
continha o mundo.
Completude que não clamava
por palavra.
Ah, moça indômita!
Sempre tão crua
e dilacerante.
Teus excessos
fizeram vazio teu moço.
Excesso de amores,
olhares, cores,
sabores, ar-dores.
Ar que lhe encheu
os pulmões
sem permitir-lhe
expirar.
Há tantas palavras
que não sabem
ser verso,
fazem apenas
sufocar.
todo urge com poesia e alma...
ResponderExcluircoisa cara e rara que vejo aqui.
tudo em ex-cesso
beijo